15 de set. de 2017

História do rádio como meio de comunicação

A patente da invenção do rádio está devidamente creditada ao italiano Gugliermo Marconi, em 1896, quando após pesquisas sobre indução eletromagnética (Faraday, 1831) e ondas eletromagnéticas (Hertz, 1888), ele reuniu diversos equipamentos para transmissão e recepção de sinais através do espaço, algo que só era possível fazer através de fios.

A bem da verdade, em 1894, o Padre Roberto Landell de Moura (1861-1928), gaúcho, inventou um aparelho que transmitia a voz ou telegrafia sem uso de fios. No dia 3 de junho de 1900, ele reuniu a imprensa e autoridades para demonstrar, publicamente, o mesmo experimento científico: transmitiu a voz humana a uma distância de 8 km, do alto do Santana até a Avenida Paulista, sem auxílio de fios, apenas por ondas eletromagnéticas. O feito foi publicado, mas somente em 1904, Landell de Moura foi aos Estados Unidos e patenteou suas invenções. E, imaginem, ele já previa o telefone sem fio e a televisão!

Mesmo assim, considera-se que a voz humana foi transmitida por rádio pela primeira vez na véspera de Natal de 1906, pelo engenheiro canadense Reginald Fessenden. Teria sido a transmissão de um “Concerto de Natal” para os tripulantes dos navios da United Fruit Company que cruzavam o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe. Era um avanço fantástico para a época e rapidamente se difundiu entre as frotas marítimas. Há registros de que, em 1909, cerca de 1.500 pessoas foram salvas de um naufrágio, enviando pedidos de socorro por essa “nova” forma de comunicação.

Assim como Santos Dumont não foi reconhecido mundialmente como o “Pai da Aviação”, o Padre Roberto Landell de Moura também não foi reconhecido como o “Inventor do Rádio”. Mas é bom que os brasileiros reconheçam nossos gênios e heróis.

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