A imagem do peixe palhaço se escondendo nos recifes de corais retrata muito bem a zona de conforto, esse estado de espírito que todo ser humano, consciente ou inconscientemente, buscam estar. Segurança, previsibilidade, estabilidade, situações que a princípio demonstram tudo aquilo que uma pessoa precisa ou foi ensinada a precisar para sua vida. De que realmente precisamos? De conforto? De proteção? De ser criado com nossa Avó? Tudo isso é muito bom, muito agradável e muito gostoso, mas tem que existir em doses homeopáticas, eu também gosto de tudo isso, mas o confortável, agradável também é desprezível para quem quer superar-se!
Superação só ocorre quando temos desafios, dificuldades, empasses e a real e urgente necessidade de resolver situações adversas, de ver o que outros não enxergam, de ser mais, melhor e sempre (às vezes tirando leite de pedra). Não, não sou masoquista, muito menos sádico, apenas acredito na impossibilidade e certeza de fracasso quando tentamos distorcer a realidade, tentamos burlar as leis naturais e imutáveis da vida, apenas por nos ser mais agradável e reconfortante. É puro desperdício de oportunidades, para não dizer futilidade, tremenda bobagem e estagnação da vida, ou melhor, é fugir da verdadeira vida, é tentar ilusoriamente ignorar a grandiosidade maravilhosa da eterna vida que permite a todos nós, sem exceção, usar a fonte ilimitada de possibilidades a luz constante que paira sobre todos nós para evoluir e se desenvolver.
Procurando Nemo, como no filme, permite irmos além do que somos, ver além do que vemos e descobrir que somos muito além do que acreditamos e jamais sonhamos. Encontre Nemo e assim caminhará para a mais ampla e verdadeira noção de si mesmo.
