
ANCORA OU ALAVANCA
Comportamento e as atitudes que adotamos em todos os momentos de nossa carreira são responsáveis pela concretização de nossa “marca”. Esta “marca”, quando bem construída, vai acumulando prestígio ao longo do tempo, fazendo com que sempre tenhamos portas abertas diante de nós. Porém, quando fazemos escolhas erradas, geralmente nos sobrevêm às perdas e os fracassos. Faça um rigoroso exame de suas ações e tente descobrir se você escolhe comportamentos de âncora ou de alavanca nos ambientes em que vive e trabalha. Inicialmente veja como os dicionaristas definem a âncora:
Peça usada para segurar as embarcações no fundo do mar ou rio.
Muitas vezes, sem nos darmos conta, fazemos o papel de âncoras, puxando nossos colegas ou colaboradores para o fundo, espalhando a falta de motivação, afetando a qualidade do clima interno e comprometendo a imagem de nossa empresa frente aos clientes. Veja se você se age movido pelas características abaixo:
1- Pessimismo:
O pessimista não acredita que as coisas darão certo e, por isso, nunca tenta atingir uma meta. Habitualmente ele nem se dá a chance de descobrir se pode ou não fazer as coisas. Seu negativismo funciona como trava para si mesmo e para aqueles que o cercam. Parece que sua vida é um fardo enorme que se obriga a carregar desde a hora em que se levanta da cama. Ele dificilmente consegue andar sozinho; sua própria natureza é contrária à capacidade de agir, decidir ou inovar. Nunca encontra gratificação no trabalho nem nos relacionamentos. O pessimista pode até acreditar que seu senso de preocupação é pertinente, mas o problema é que essa preocupação é desmedida e acaba minando a força, a capacidade criativa e a pró-atividade da equipe.
É muito desgastante conviver no trabalho ou em família com os "Hardys", os "Profetas do Apocalipse": pessoas que só gostam de reclamar de tudo e de todos e de culpar os outros por todo o mal que lhes acontece.
2- Preguiça:
O indivíduo preguiçoso está sempre deixando as tarefas mais complexas para o colega de trabalho.
Geralmente emprega um tempo enorme em algo que esteja fazendo só para que o chefe pense que ele está muito ocupado e acabe solicitando outra pessoa. Se for para ajudar um colega a terminar uma tarefa importante então, nem pensar; jamais se pode contar com ele.
Não demonstra iniciativa e a ele não se pode delegar nenhuma função de maior responsabilidade. Todos aprendem com o tempo a não confiar nele e valorizam pouco o resultado de seu trabalho. É o chamado "peso morto", que por nada fazer acaba por sobrecarregar os demais.
3- Teimosia
Os teimosos padecem de mente lenta e obstruída. Só acreditam em suas próprias idéias e só ouvem as suas próprias opiniões. Com eles não prosperará nenhum tipo de argumentação. Muitas vezes, em postos de chefia, os teimosos solapam qualquer iniciativa ou contribuição de seus colaboradores, fazendo com que se sintam meros executores de tarefas, desinteressados e desmotivados. Sob a égide de pessoas com este traço de personalidade, o desempenho do grupo fica seriamente comprometido, refletindo na conquista das metas e na queda inexorável de produtividade.
4- Negligência:
Atua freqüentemente provocando nas pessoas desleixo com a aparência pessoal e também com as tarefas desempenhadas. Profissionais negligentes atendem a clientela displicentemente, não cumprem os prazos prometidos, entregam relatórios mal feitos, não se responsabilizam por recados, não se esmeram no atendimento telefônico, e com o tempo, acomodam-se nas tarefas rotineiras, sem buscar o aprendizado e o crescimento. Esquecem-se de que seu comportamento sabota qualquer política de Qualidade que sua empresa eventualmente possa ter. Afastam os clientes, presenteando a concorrência.
5- Indiscrição:
Pessoas indiscretas tendem a falar desmedidamente tanto de chefes e colegas quanto de assuntos reservados da empresa. São os locutores da "rádio corredor". Espalham boatos e, junto com eles, o desassossego coletivo. No seu rol de notícias sempre há uma iminente lista de demissões ou um corte de departamento, na mesa da diretoria, prestes a ser assinado. A deslealdade destes tipos leva-os muitas vezes a trazer a público informações ouvidas em confidência, traindo a confiança das pessoas que nelas confiaram, pressupondo-as corretas e éticas. As conseqüências destas indiscrições do "profissional âncora", muitas vezes, são desastrosas, e certamente contribuem para paralisar e baixar o moral de sua empresa.
Agora vejamos a definição de alavanca:
Barra que multiplica o efeito do impulso aplicado para mover objetos de todos os tamanhos.
Este é o papel que devemos desempenhar em nossa vida pessoal, social e profissional. Onde estivermos, devemos levar palavras de incentivo aos outros. Literalmente: colocar as pessoas para cima. Fazer com que cada um que cruze o nosso caminho se sinta um pouco melhor. Nossa crítica, quando existir, deve ser produtiva e construtiva. O sorriso, a gentileza e o otimismo devem ser nossas pedras de toque. Devemos sempre dar o que temos de melhor no desempenho de todas as tarefas: sermos excelentes colegas e colaboradores de nossos líderes. Exercitarmos sempre a responsabilidade por nossas escolhas e atitudes. Jamais fazer com os outros aquilo que não queremos para nós mesmos.
Prof. Maria Aparecida Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário